A decadência canavieira no estado do RJ e o trabalho escravo no Norte Fluminense
II – A decadência canavieira no estado do Rio de Janeiro e o trabalho escravo no norte fluminense:
A decadência canavieira no estado do Rio de Janeiro, se deu basicamente na década de 1970, quando as divida externas do Brasil fizeram diminuir os subsídios, ou seja, ajuda que o governo dava aos produtores de cana, isso fez com que várias usinas de Campos fossem obrigadas a fechar as portas.
Além disso, surgiram outras áreas no país que onde a cana começou a ser plantada em grande escala, principalmente no interior de São Paulo.
Sobre o trabalho escravo no norte fluminense, ele se da principalmente pela disputa de terras, falta de fiscalização e falta de emprego. Em suma, pela desigual distribuição de renda e de terras no campo.
Na maioria das vezes esse trabalho escravo esta associado ao cultivo da cana, são os chamados boia fria. As empresas contratam essas pessoas vindas de diferentes lugares do país, porém, principalmente do norte fluminense, para trabalhar no cultivo da cana. Isso inclui o plantio, o corte, e a queima do produto.
É comum que esses “trabalhadores” sejam iludidos por falsas promessas, quando chegam no campo, o salário que ganham são menores que o combinado, ou então servem para pagar dividas com o contratante (comida, ferramenta, abrigo, etc), logo o contratado encontra-se numa longa divida com aquele que o contrata.
Outra questão que tangência esse tema é a falta de terras. O pequeno agricultor encontra-se sem terras para produzir, logo, para se sustentar vende sua mão-de-obra para os donos dos canaviais.
Em Campos isso é muito claro. As plantações de cana são verdadeiros latifúndios, o que chega a ser semelhante com o sistema de plantation, proposto no Brasil colonial. As grandes empresas chegam, ocupam uma área gigantesca com a plantação de cana. Essa monocultura acaba degradando o solo, que com o passar dos anos se apresenta com baixa fertilidade. Se essas grandes porções de terras estão ocupadas pelos