A dama da noite- Caio Fernando Abreu
Norberte Elias em seu livro Introdução á Sociologia, fala que no sistema social há estruturas sociais, e mostra que acima dessas estruturas está em primeiro lugar e alvo central: o eu, ego. Ou seja, isso implica dizer que todos os que fazem as estruturas sociais, levam para a sua construção, o "Eu" de cada um. Dentro desse contexto, através de Norbert elias, é possível explicar que a sociedade começa a existir primeiramente no indivíduo.
A Dama da noite é um exemplo em que a sociedade existe nela tão quanto como nos outros, mas só que de forma invertida. Ela precisou ver o que é a sociedade primeiro para saber o que quer ou o que não quer "ser". A construção do meu eu, é o reflexo do outro.
Dentro desse conto, a Dama da noite ao conversar com o boy mostra para ele através de argumentos, a sua opnião quanto o que consiste para que a rooda- gigante esteja em uma constante. A juventude e a mocidade são temas que são tratados por ela como algo tão simples e despercebido na vida do boy, é como se os anos passassem sem uma verdadeira importância, como se os jovens não soubessem o real valor da juventude.
A Dama da noite trata a padronização que a sociedade impõe de forma que nos tempos atuais não é mais contestada Ela fala que o boy somente aceitou desde sempre a rodar na roda- gigante, que a sua turma não teve o trabalho se quer de questionar se sería bom ou ruim rodar. esta é a padronização do novo, sem ao menos o próprio novo perguntar- se se é bom ou ruim, se quero ou não. Há um grande questionamento a respeito das revoluções internas racionais, que movimentava e alimentava os pensamentos, a imaginação. Onde ficou essa geração?! No próprio texto ela cita:
" A gente teve a ilusão, mas vocês chegaram depois que mataram a ilusão da gente."