A cultura popular
A Cultura Popular
Introdução
Segundo os autores Emília Kashimoto, Marcelo Marinho e Ivan Russeff, a cultura é vista como “um conjunto de acções que podem conduzir ao fortalecimento da auto-estima da comunidade.” Por outro lado, há quem considere que esta é “um obstáculo ao progresso”. No entanto, a visão adoptada pelos autores é que a cultura “emerge como manancial de inusitadas experiências e de evidente sabedoria locais, directrizes úteis à criação colectiva e compartilhada de uma vida melhor”, visão que o grupo também sublinha. Ao longo do tempo, o conceito de “cultura” tem sido associado de forma aleatória a várias áreas do conhecimento, tornando-se “vago e ambíguo”. Todavia, a definição fulcral concebe a cultura como o “conjunto de soluções originais que um grupo de seres humano inventa, a fim de se adaptar a seu meio ambiente natural e social”. Assim sendo, a cultura abrange diferentes aspetos da vida, constituindo-se como um “conjunto distintivo de atributos espirituais e materiais, intelectuais e afetivos que caracterizam uma sociedade ou grupo social” (Claxton, 1994). Por esse motivo, é possível afirmar que a cultura engloba arte, literatura, modos de vida, sistemas de valores, tradições, crenças e os direitos fundamentais do ser humano e se torna orientadora da humanização do homem, já que também impõe limites ao seu comportamento. A História ilustra que todas as sociedades têm uma cultura inerente, que advém das normas, dos valores, dos comportamentos que possuem e defendem. Por isso, numa dada sociedade, todos os elementos pertencentes agem da mesma forma, regem-se pelos mesmos valores e detêm ideais idênticos. A cultura é, assim, considerada o princípio da acção social, ou seja, um individuo tem um determinado comportamento, porque se rege por dados valores e ideais sociais. Porém é fundamental distinguir dois tipos de socialização: a