A cultura das midias
A necessidade de se comunicar é inerente ao homem e começou desde que ele passou a viver em sociedade. Mas a evolução da comunicação começa a ser marcada mais precisamente com o surgimento da escrita na Mesopotâmia e no Egito. Com o surgimento da escrita houve também uma evolução dos meios utilizados para sua disseminação: das tábuas de argila utilizadas por Moisés às telas de diversas mídias digitais.
A escrita tornou possível, entre outras coisas, o acesso à informação por um número cada vez maior de pessoas. E, assim, o estreitamento das relações entre os indivíduos e os povos.
Tão importante quanto o surgimento da escrita é o aperfeiçoamento dos meios de comunicação marcado principalmente pela invenção da imprensa por Gutenberg. Esta invenção colaborou para a rápida propagação de ideias e conhecimento, que antes era restrito a uma minoria manipuladora.
Muitas pessoas passaram a ter acesso à livros e a outras formas de informação impressa. As produções, antes restritas às paredes dos palácios e das igrejas, alcançavam também as praças, ruas, casas, becos e vielas das cidades. Passa-e a produzir para o povo que começa a consumir a cultura de massas erudita e popular.
Neste contínuo de desenvolvimento dos meios de comunicação chegamos ao rádio, ao cinema e à televisão. Esta veio divulgar ainda mais a cultura de massas, com a erudita sobrepondo à popular como sempre fora, e a alienação da massa com seus mecanismos imperativos. Ainda hoje, às vezes, martela em minha cabeça “Compre Baton! Compre Baton!”
Hoje vivemos a cultura das mídias, em especial, das mídias digitais. Esta veio para democratizar o meio por onde transita as publicações verbais, visuais ou mistas. Nela a cultura erudita e a cultura popular disputam o mesmo espaço e o mesmo público em pé de igualdade. Também é o meio usado regularmente pelos outros meios, pois em uma