A CRÍTICA DA GESTÃO DA DIVERSIDADE NAS ORGANIZAÇÕES
RESUMO DO TEXTO: A CRÍTICA DA GESTÃO DA DIVERSIDADE NAS ORGANIZAÇÕES
O intuito do artigo em questão é apontar o caráter ideológico da gestão da diversidade, que parece predominar nos contextos internacional e local, desconsiderando as limitações infligidas pelo preconceito ao convívio entre pessoas de grupos discriminadores e discriminados, utilizando uma analise critica como parte integrante da ideologia tecnocrática, procurando inserir o tratamento das desigualdades sociais do âmbito político nas administração de recursos humanos das empresas.
A diversidade inclui todos, não é algo que seja definido por raça ou gênero. Estende-se à idade, história pessoal e corporativa, formação educacional, função e personalidade. Inclui estilo de vida, preferência sexual, origem geográfica, tempo de serviço na organização, status de privilégio ou de não privilégio e administração ou não administração (Thomas, apud Nkomo e Cox Jr., 1999, p. 334-335).
Diante da análise da literatura estrangeira e nacional a respeito do tema, se conclui que a gestão da diversidade se origina da resposta dos administradores norte-americanos às políticas de ação afirmativa das décadas de 1960 e 1970. Essa literatura afirma que a gestão da diversidade é mais efetiva para o confronto das desigualdades sociais por usar critérios de meritocracia e possibilitar atingir benefícios econômicos para os indivíduos e as empresas. A gestão da diversidade tornou-se uma prática bastante difundida no contexto norte-americano. A alteração dessas práticas no contexto brasileiro, quando se considera a ideologia da democracia racial brasileira encontra um elemento complicador em sua aplicação, que mascara o preconceito e entra em tensão com a ideologia da gestão da diversidade.
Na gestão da diversidade o determinismo técnico inserido em seu discurso reproduz a lógica da máxima eficiência econômica presente