Questão 1: Giovani Arrighi analisa a crise Africana dentro da ótica de sistema mundo, afirmando ser indispensável olhar paras as economias africanas sem contextualizar com o que está acontecendo externamente. Para Arrighi o final do século XX é o marco em que as economias africanas não conseguiam mais crescer. Ele apresenta duas visões sobre o colapso econômico. A primeira interpretação de maior predominância, legitimada pelo Banco Mundial, acredita que a crise se dá devido à tendência das elites e dos grupos governantes da África às “más políticas” e ao “mau governo”, criticando o papel intervencionista do Estado nas economias. A segunda relaciona o fracasso econômico exclusivamente ao cenário internacional, apontando uma série de medidas externas que prejudicaram o desenvolvimento africano. Entre eles, estavam a deterioração dos termos de comércio de produtos primários, o protecionismo crescente dos países ricos, o grande aumento dos juros e o comprometimento cada vez maior com o serviço da dívida. O autor concorda com a responsabilização do cenário mundial para o desfecho negativo das economias africanas, demonstrando de forma vigente que a crise é gerada fora do continente. Atribuindo papel fundamental ao capitalismo mundial, que limitava as tentaivas de desenvolvimento e seus resultados em nível nacional. Acredita que o colapso foi parte integrante de uma mudança mais ampla das tendências entre as regiões do Primeiro e do Terceiro Mundo. Entretanto, nem todas as regiões de Terceiro Mundo sofreram de forma tão drástica quanto a África subsaariana. Portanto, para o autor a crise africana deve ser explicada tanto a partir das questões que provocaram essa transformação quanto daquelas que tornaram grave seu impacto sobre a África. Nesse sentido, Arrighi acredita, ainda, que as elites africanas embora não possuíssem o suporte necessário para evitar os impactos desastrosos no solo africano provocados pela conjuntura