a crise dos anos de 1920
Entre 1928 e 1930, o governo alemão era chefiado pelo social-democrata Miller, e a maioria das cadeiras do Parlamento era ocupada por social-democratas e comunistas. Mas a Alemanha sofreu violentamente os reflexos da crise que começara em 1929, em Nova York. As greves recomeçaram. A economia se estagnou novamente.
Com isso, o governo de Miller caiu, e subiu Brunning, de tendência liberal, que iniciou planos para executar algumas reformas para sanar a crise. Os grandes proprietários alemães e a alta burguesia, sentindo que seriam prejudicados por elas, formaram uma aliança de oposição. Essa aliança passou a financiar maciçamente o Partido Nazista, para que, com o uso das SA e das SS, ele impedisse as manifestações operárias exigindo reformas.
Das fileiras do Partido Nazista faziam parte a pequena burguesia e a classe média, o operariado pouco esclarecido de origem camponesa e a aristocracia operária , ex-oficiais que participaram da Primeira Guerra e que acreditavam no mito "apunhalada pelas costas". O discurso do Partido Nazista era absorvido mais facilmente por essas camadas.
Adolf Hitler. Congresso do Partido Nazista 1927.
O número de deputados nazistas cresceu significativamente nas eleições de 1930 e de 1932. As tropas SA e SS sentiram-se encorajadas a perseguir os comunistas. Os nazistas estavam cada vez mais próximos do poder.
O resultado das eleições de 1932 dá bem a ideia de como o Partido Nazista cresceu, defendendo a moralidade, a estabilidade e a restauração da Alemanha Grande, Imperial:
Partido Nazista 230 deputados
Partido Social-Democrata 133 deputados
Partido Comunista 89 deputados
Partido Centro Católico 97 deputados
Apesar desse crescimento, os nazistas não obtiveram a maioria absoluta. Isto é, eles seriam derrotados pela união dos demais partidos