A criação do assentamento pirituba ii nos municípios de itapeva/itaberá-sp e a participação dos movimentos sociais no campo
A CRIAÇÃO DO ASSENTAMENTO PIRITUBA II NOS MUNICÍPIOS DE ITAPEVA/ITABERÁ-SP E A PARTICIPAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NO CAMPO. Fábio Barbosa Venâncio1 Orientador: Prof. Dr. Júlio César Suzuki.
Resumo: Nas décadas 1960 e 1970, os conflitos se intensificaram no campo entre os grandes proprietários de terra e principalmente os posseiros que almejavam a reforma agrária. Esta intensificação de conflitos acontece justamente por que neste período acontece uma grande concentração de terras, neste país, nas mãos de uma minoria dominante a qual usa da violência, tal como a tortura, seguida de morte, para subjugar os trabalhadores rurais e permanecer no seu domínio expansionista. A Igreja Católica aparece como agente de denúncia das violências as quais sofriam os excluídos, dentre eles, os trabalhadores temporários, os bóias-frias, os posseiros e os sem-terra. A partir de 1975, surge a CPT (Comissão Pastoral da Terra) que, de forma mais organizada, se apresenta como instrumento de contenção dos conflitos fundiários e das injustiças sociais que ocorriam no campo. Nesse contexto de agudização do conflito pela terra, o papel da CPT vai além das denúncias assumindo-se como uma mediação, no sentido de organizar os trabalhadores na luta pela posse da terra. O Assentamento Pirituba, localizado nos municípios de Itapeva-SP/Itaberá-SP, teve a efetiva participação da CPT e do MST (que estava se constituindo na década de 1980), em conjunção com os anseios das famílias de trabalhadores rurais que lutavam em prol do direito à posse, direito que ficou adormecido neste país durante séculos. A pesquisa em tela tem como objetivo compreender a luta dessas famílias e a participação dos movimentos sociais no campo (CPT e MST), no momento de surgimento do Assentamento Pirituba II. É diante desse processo que iremos entender as lutas, os conflitos entre os trabalhadores e os boiadeiros na fazenda Pirituba, até a criação do