A CRIAN A DOENTE E A MORTE
Psicologia Hospitalar
A Criança Doente e a Morte
√ A concepção da morte na criança inicia-se pela consideração da morte do outro para depois evoluir para a concepção de sua própria morte.
“(…) as crianças passam, todas elas, por semelhantes fases no desenvolvimento da percepção da morte. Mas nem todas seguem o mesmo calendário”. (Gesell, 1985)
A Criança Doente e a Morte
☻ Para Kovacs (1994) existe um mito de que a criança passa rapidamente pelo luto, de que logo esquece a morte do ente querido. ☻ Negar a morte, leva a um problema extremamente sério: Má Elaboração do
Luto.
Exemplo: Pág. 84
A Criança Doente e a Morte
☻ É importante que as equipes de saúde que trabalham com crianças hospitalizadas e terminais clarifiquem e facilitem a expressão dos sentimentos, fantasias e temores diante da morte. Ajudando-as no processo de elaboração do luto.
“O escamoteamento da verdade provoca um sentimento de estar sendo enganado, ou considerado ingênuo, o que pode levar a sentimentos de profunda solidão”.
(Kovacs, 1994)
A Concepção da Morte em Criança
“Normais”.
◘ Até 3 anos:
- Morte = Separação
- Empresta vida a objetos inanimados
- Sente saudade e pena
◘ 3 a 5 anos:
- Morte = Separação provisória, ausência
- Morte Reversível = Sono.
◘ 5 anos:
- Considera a imobilidade dos mortos.
- Associa morte à velhice.
- Aparente ignorância sobre a morte.
- Aceitação de vida na morte.
◘ 6 anos:
- Nova consciência da morte.
- Reações afetivas nítidas diante da morte.
- Temor à morte dos pais
- Relação entre doença, morte.
◘ 7 anos:
- Capacidade de julgar, compreender e avaliar causa e efeito.
- Personificação da morte.
- Morte = intervenção externa.
- Preocupação com caixões.
◘ 8 anos:
- Morte= evento irreversível.
- Morte = Punição
- Não aceitação da morte
- Interesse pelo além da morte.
◘ 9 anos:
- Morte = Processo biológico permanente.
- Morte como irreversível, universal
- Reação de angústia e luto.
◘ 10 anos ou mais:
- Morte como ameaça