A Crescente Presen A Das Mulheres No Mercado De Trabalho No Brasil
Ao longo da última década, um pouco mais da metade da população brasileira era constituída por mulheres. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), elas representavam 51,1% da população em 1999 e 51,3% em 2009. No último ano da década, esse percentual correspondeu a cerca de 98 milhões de mulheres. A população feminina brasileira em idade ativa aproximava-se dos 84 milhões em 2009. Deste total, 52,7% estava no mercado de trabalho na condição de ocupada ou desempregada. Já a taxa de participação masculina, neste mesmo ano, era de 72,3%. A ampliação da participação feminina no mercado de trabalho resultou de vários fatores como a emancipação econômica da mulher, a redução da taxa de fecundidade, a busca da realização profissional e a elevação da escolaridade, uma vez que, em 2009, as mulheres ocupadas estudaram, em média, 8,7 anos, e os homens, 7,7. A necessidade de contribuir para o sustento da família também foi um fator determinante, principalmente em casos de desemprego ou mesmo de ausência do cônjuge. Todas as mudanças pelas quais a sociedade brasileira passou nos últimos anos aumentaram as possibilidades de inserção feminina no mercado de trabalho. A mulher começou a ter a oportunidade de atuar em diferentes áreas de trabalho, com maior possibilidade de presença em espaços públicos de poder - ministérios públicos e congresso nacional – além dos postos de trabalhos reservados à população masculina. A estrutura de ocupação das mulheres se mostra diferente da ocupação masculina. No Brasil, em 2009, os setores de atividade econô- mica que mais empregaram mulheres foram: serviço doméstico (17,0%), comércio e reparação (16,8%) e educação, saúde e serviços sociais (16,7%), o que indica ainda que a mulher tende a reproduzir, no mercado de trabalho, as tarefas que