A cosntrução do livro
Capítulo 05
O projeto gráfico
A escolha correta do tipo, do sistema de composição em que se devem gravar os caracteres, do papel onde se imprimirá essa composição e, finalmente, o cálculo prévio da quantidade de páginas que deverá ter o livro, constituem o âmbito do projeto gráfico. Até o aparecimento dos processos foto mecânicos no domínio das artes gráficas, o universo da tipografia bastava para produzir inestimáveis obras de arte, sob um suporte material e uma organização interna que, aliás, já nasceram adultos. O editor, assim, não pode furtar-se ao conhecimento de todos os procedimentos de transposição do original à matéria impressa, em que sempre foram solidários o estilo da letra, sua correta composição e a distribuição do conjunto no papel adequadamente escolhido na dupla combinação de peso e formato.
O estudo do tipo
O ‘tipo’, como se verá adiante, não passa de u pequeno bloco de metal fundido onde se encontra, em relevo, determinado sinal (letra, vírgula, acento etc.). O tipo móvel foi uma revolução, sobretudo no concernente a velocidade da copia de textos. E, hoje, ao escolher o repertório de tipos adequados a tal ou qual publicação, o editor e o diagramador lidam justamente com aquele código que, partindo do traçado da letra manuscrita ou esculpida, impõem suas normas tanto no que diz respeito a medidas quanto a modelos.
As letras: formas do traçado
As letras latinas usadas atualmente no Ocidente têm sua origem em desenhos de escritas e silabários médio-orientais de valor logográfico, cuja simplificação resultou novo tipo de desenho, linear e simplificado.
O sistema ocidental, que emprega sinais ditos ‘maiúsculos’ e ‘minúsculos, resulta de um ancestral manuseio dos materiais tradicionalmente usados para produção do texto, determinando a própria forma dos caracteres: a chamada escrita monumental, gravada sobre matéria dura (pedra, osso, bronze...), via de regra para finalidades oficiais, propiciava desenhos