A correspondência existente entre o homem e o mundo e a figura do fil sofo na concep o Plat nica
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A correspondência existente entre o homem e o mundo e a figura do filósofo na concepção Platônica. O homem como projeto de si, tendo o corpo como um entrave para e na existência segundo Platão.Na concepção Platônica, o homem é entendido como um filósofo, ou seja, como aquele que se posiciona diante dos problemas da existência como também diante de si mesmo através do processo da reflexão sobre a sua existência que homem concreto vai se tornando filósofo. Isto significa dizer que o homem, neste sentido, para ele, tudo (o mundo) se torna, objeto de reflexão. Assim, o homem apresenta o caminho que pode conduzir à filosofia. Assim, a figura do filósofo não é anterior ao homem, mas sim posterior. Segundo Platão é no dialogar que o homem se vai reconhecendo.
O homem, situado e concreto, é o caminho que pode nos levar à prática da filosofia.
Para Platão o corpo surge quase como um entrave. Daí a necessidade de compreender a problemática alma-corpo como possuidora de um sentido que não está somente na questão psicofísica. Pois, esta problemática é uma relação dinâmica que só terá existência se for vivida. Porque, de um lado temos o homem prático e de outro, o homem filósofo.
A alma na experiência do filosofar tem grande importância e nessa experiência o corpo surge como um obstáculo. Homem filósofo e homem não-filósofo são opostos. A dicotomia corpo-alma não é apenas uma questão física e psicológica, ela precisa ser vivenciada e é vista por Platão como fundamental para a existência, é o que permite uma vasta compreensão da existência. O homem platônico é um estrangeiro, é alguém que vive a distância de si mesmo. A contemplação é a forma que este homem encontra para transformar a si mesmo. Ele não está confinado no próprio mundo, mas mantém uma relação constante com o supra-sensível, com as idéias com o inteligível, dessa maneira ele pode ultrapassar a si mesmo.
Portanto, a dicotomia alma-corpo é vista como algo fundamental para a existência, é ela que permite