A contribuição da graduação para a postura do estudante de medicina e do médico frente ao processo de morte

A contribuição da graduação para a postura do estudante de medicina e do médico frente ao processo de morte
BECKER1, I.P; BRAGA1, L.M; CHADES1, R.P.F; OLIVEIRA1, L.B.F.; VIEIRA1, M.I.R.; SALES2,M.L.
1 Acadêmica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto
2 Docente titular da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto
INTRODUÇÃO: A compreensão da questão da morte como condição intrínseca da vida é de grande importância, especialmente entre aqueles que precisam encarar a morte como parte de sua rotina profissional. Isso é particularmente aplicável aos médicos, que muitas vezes, estão diante da responsabilidade de tomar decisões acerca das condições da saúde e da vida de seus pacientes, principalmente nos casos de doenças terminais. O que se observa, é que esse profissional responde a esse desafio com ansiedade, medo e insegurança àquilo que, muitas vezes, se configura como uma ameaça à sua própria vida. Por isso, torna-se relevante a análise da grade curricular e o suporte que os cursos de Medicina do país possibilitam aos seus alunos, afim de que estes, enquanto futuros profissionais, tenham subsídios para lidarem com as questões relacionadas aos aspectos psicológicos da morte.OBJETIVOS: Observar o comportamento do estudante de Medicina e do médico diante de pacientes terminais e da morte e identificar possíveis dificuldades em relação a esse tema buscando relacioná-las com a formação oferecida pelos cursos de graduação. MÉTODOS: Revisão de artigos relacionados com o tema, publicados em revistas e periódicos conceituados. RESULTADOS: O interesse pelo assunto morte é manifestado por 93% de médicos e graduandos, dos quais 55,5% experimentaram algum grau de dificuldade para tratar do tema. Além disso, 47,4% dos médicos e alunos teriam receio em discutir com um portador de doença terminal sobre sua enfermidade e 9,9% evitariam abordar o assunto. Informações sobre a morte e/ou doenças terminais têm sido obtidas por profissionais