A Contemporaneidade da Obra o Cortiço e Memórias Póstumas de Brás Cubas
Marcia Jardini
RESUMO
Este artigo tem como objetivo mostra que, em Memórias Póstumas de Brás Cubas, os jogos intertextuais se renovam a cada instante, acoplados com a ironia e a postura metalinguística.
E que a obra O cortiço ultrapassa os limites de reprodução da vida do século XIX e atinge a contemporaneidade, expondo muitos problemas de nossa sociedade que existem até hoje.
PALAVRAS CHAVES: Contemporaneidade. Intertextualidade. Metalinguagem. Teorias Cientificistas.
INTRODUÇÃO
Observemos a Literatura como expressão humana capaz de traduzir a vida social. O Cortiço de Aluisio Azevedo acaba sendo não apenas um romance naturalista, mas também uma alegoria dos efetivos problemas sociais do Brasil.
Pois os antigos cortiços fluminenses em muito se parecem com as favelas, em ambos complexos habitacionais se colocam a parte excluída da população. Durante muito tempo, a crítica literária demonstrou estar deveras preocupada em agrupar os textos de um determinado escritor de acordo com alguns critérios preestabelecidos. Geralmente, tomava-se como base o período em que os textos foram escritos, a ocorrência de características semelhantes e também o momento em que o escritor apresentava sinais de estar filiado a algum movimento literário, tendência artística ou corrente filosófica. A partir disso, os autores tiveram sua produção literária incluída em um determinado estilo de época. Machado de Assis rompe com as tendências literárias dominantes de seu tempo: a dos realistas e dos naturalista.
ANALISE SOBRE AS OBRAS
O Cortiço é um romance naturalista, de autoria do escritor Aluisio Azevedo publicado em 1890. É um marco do naturalismo no Brasil, o Naturalismo, cuja estética é revelar a miséria humana ao enfocar classes sociais marginalizadas, atravessada pelas correntes filosóficas e científicas (Determinismo, Positivismo, Evolucionismo e Socialismo).