A CONTABILIDADE NA ANTIGUIDADE
A contabilidade, de acordo com os registros históricos, é tão antiga como a história do próprio homem, embora não se possa precisar a época de seu aparecimento. Segundo Lopes de Sá (1997), há mais de 20.000 anos, no Paleolítico Superior, quando a civilização era ainda primitiva, mas já havia a indústria de instrumentos como forma de uso de uma inteligência já desenvolvida, surgiram às observações do homem em relação a suas provisões, que eram sua riqueza patrimonial.
Através da arte, o homem primitivo passou a registrar sua riqueza patrimonial, por meio de inscrições nas paredes das cavernas e grutas, e também em pedaços de ossos, utilizando-se dos instrumentos dos quais já dispunha, conforme afirma Lopes de Sá.
Por meio da técnica da pintura, ainda que de forma rudimentar, procurava-se a representação da qualidade do bem; com riscos, determinava-se a quantidade de bens que possuíam. Esta combinação de pintura e rabiscos deu origem à noção de conta, mas, à medida que mais coisas aumentavam a riqueza, era necessária maior complexidade nas inscrições, o que forçou o aprimoramento do critério do registro das contas.
Lopes de Sá (1999, p. 18) afirma: “À medida que as coisas começaram a formar riquezas, com maior variedade, também mais complexas foram ficando as inscrições, forçando a aprimorar o critério de registrar as ‘contas’ (conjunto explicativo de memória de coisas e quantidade delas)”.
O professor Paulo José Consenza, em seu artigo publicado na revista do CRCRS, nº 110, p. 8, afirma: “A evolução da Contabilidade propriamente dita foi contemporânea ao processo de socialização do homem e sempre esteve fortemente atrelada à manifestação das próprias necessidades humanas”.
Ainda de acordo com o autor, “... com a noção acumulativa do patrimônio surge, simultaneamente, o conceito de coletividade, fato que leva à necessidade de segregação, em termos do que seria patrimônio individual e do que seria patrimônio coletivo, no qual os corolários seriam os