A construção civil nos passos da sustentabilidade
O ramo que mais emprega no Brasil também é um dos maiores produtores de resíduos e um dos mais contumazes causadores de fenômenos climáticos em metrópoles. Conheça alguns rumos e medidas que podem inverter os papéis exercidos pela construção civil no contexto ambiental
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Por Eber Freitas, www.administradores.com.br inShare Close Compartilhar Imprimir
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Ser sustentável ou não ser, eis a questão
O Brasil tem todas as ferramentas para se destacar mundialmente no ramo da construção civil. Além de ser um país imenso, com grandes áreas inexploradas comercialmente, foi palco de movimentos migratórios que formaram, com graves defeitos sociais, as metrópoles. O tardio processo de urbanização, preconizado sobretudo pela máxima de Juscelino Kubitschek de "50 anos em 5" fez com que o ramo da construção civil se tornasse bem mais valorizado, com a criação de novas empresas, novos empregos e novas possibilidades.
Atualmente, o país conta com 3 milhões de trabalhadores nos canteiros de obras, não só de edifícios e casas, mas também em obras de saneamento básico, drenagem, calçamento e obras urbanas em geral. Esse panorama tende apenas a crescer com as oportunidades desveladas ante a proximidade da Copa do Mundo 2014 e das Olímpíadas 2016.
Um mapeamento realizado pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) identificou 224 nichos de negócios que poderiam ser explorados pelas micro e pequenas empresas antes, durante e após a Copa do Mundo, desde alimentação industrial até saúde e segurança no trabalho, ao longo de toda a cadeia produtiva. Estima-se que o montante de recursos que deve ser movimentado em obras de infraestrutura e organização será de R$ 22,4 bilhões, podendo chegar a até R$ 112,9 bilhões com a produção em cadeia.
Por outro lado, o ramo é o campeão em acidentes de trabalho. Segundo dados do IBGE, 45% dos acidentes em locais de trabalho