A Conjuração Mineira e Baiana (Histórico)
Uma revolta de caráter eminentemente popular, oportunidade em que a população mais humilde rebelou-se contra a escassez de alimentos e as péssimas condições de vida na colônia.
Assim se pode resumir a Conjuração Baiana, ou Conjuração dos Alfaiates, que abrigou, em sua maioria, artesãos, alfaiates, sapateiros, soldados, negros libertos, mestiços e escravos.
Desde julho de 1797, funcionava em Salvador uma sociedade secreta denominada Cavaleiros da Luz. No ambiente da entidade, as ideias difundidas pela Revolução Francesa eram debatidas. Entre seus frequentadores, estavam o médico Cipriano Barata e o tenente Hermógenes Pantoja.
Salvador amanheceu, em 12 de agosto de 1798, com várias paredes e muros estampando cartazes manuscritos, conclamando a população a participar de uma revolta que estava sendo preparada. Animai-vos, povo baiense, que está por chegar o tempo feliz da nossa liberdade: o tempo em que seremos todos irmãos, o tempo em que seremos todos iguais, dizia um desses cartazes.
O governador da Bahia, dom Fernando José de Portugal, resolveu agir. Prendeu o soldado Luís Gonzaga das Virgens - em sua casa foram encontrados documentos comprometedores -, além de vários alfaiates, como João de Deus Nascimento, delatados e traídos. O processo envolveu 49 réus, alfaiates em sua maioria, daí o movimento tornar-se conhecido também como Conjuração dos Alfaiates.
Gonzaga das Virgens, João de Deus Nascimento, Manuel Faustino dos Santos e Lucas Dantas foram condenados à forca. A sentença para outros dois revoltosos foi a pena de morte, porém um deles escapou e o outro teve a pena reduzida para degredo. A punição dos demais réus variou da prisão à condenação ao exílio.
A Conjuração Baiana significou a primeira experiência na colônia que conciliou o desejo de independência com aspirações sociais.
CONJURAÇÃO MINEIRA
Durante os séculos XVII e XVIII, o Brasil foi palco de motins, conspirações, revoltas e rebeliões, mas a