Vida Baiana e Mineira
Ambas foram revoltas que exprimiram manifestações de insatisfação da população regional e possuíam as mesmas bases ideológicas - os ideais iluministas e os exemplos da Independência dos EUA e da Revolução Francesa. Contudo a Conjuração Baiana se baseou também nos levantes de escravos do Haiti, que resultaram na independência desse país (de 1758 à 1804). As duas revoltas lutavam contra a excessiva exploração da coroa portuguesa que, em Minas, resultava na impiedosa derrama, e, na Bahia, num processo de miséria e pobreza aliado à decadência da produção açucareira.
Enquanto a Inconfidência Mineira foi um movimento elitista, a Baiana foi um movimento popular, realizado por intelectuais, negros, mulatos, escravos e alguns proprietários; possuíam também uma força secreta: os Cavaleiros da Luz.
Sendo assim, tinham as mesmas propostas que os inconfidentes mineiros, porém propunham algo mais: a abolição dos escravos e até o fim do racismo, ou seja, a liberdade, a igualdade e a fraternidade para absolutamente todos os cidadãos.
Podemos dizer que a Inconfidência Baiana foi muito mais democrática que a mineira, porém as duas tinham noção da ausência da cidadania no Brasil e lutavam por ela, além de exigirem a garantia de direitos para a população. Pelourinho em Salvador: símbolo da autoridade portuguesa.
Inconfidência Mineira x Conjuração Baiana
A Conjuração Baiana e a Inconfidência Mineira foram marcadas por visíveis diferenças políticas.
Ao estudarmos as revoltas coloniais, percebemos que cada um dos levantes relacionados a essa parte do passado brasileiro é marcado por características e razões muito específicas. Os maranhenses protestaram contra a falta de incentivo da Coroa; os olindenses contra o favorecimento dos comerciantes lusitanos de Recife; os mineiros contra as imposições coloniais; e os bandeirantes paulistas tentaram resistir à chegada dos lusitanos ao interior.
De fato,