A COMUNICAÇÃO COMO OBJETO E COMO TEORIA
BREVE ANÁLISE TEÓRICO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
(Ensaio)
Bruno Mourão Paiva1
RESUMO
O presente texto objetiva discutir o papel da Comunicação enquanto objeto de estudo e enquanto ciência. Tal discussão se faz a partir de uma análise comparativa entre as primeiras teorias da Comunicação e teorias contemporâneas, buscando tecer melhor noção dos processos comunicacionais enquanto atos cotidianos e fenômenos científicos. O texto é uma releitura de parte de sua monografia defendida em novembro de 2007
Palavras Chave: Teorias da Comunicação; História; Ciências
Sociais.
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INTRODUÇÃO
A mudança de contexto que ocorre com o avanço das sociedades traz consigo uma
imposição para a ciência: a necessidade de atualização de dados, conceitos e teorias. No estudo da Comunicação Social, a tradição acadêmica é relativamente nova se comparada com outras ciências como Física e História. Embora a interdisciplinaridade seja uma realidade nos estudos da
Comunicação Social, a ciência das comunicações já possui suas próprias teorias.
Esse campo do conhecimento possui, como alguns de seus objetos de estudo, as realidades sociais e culturais em que ocorrem os fenômenos comunicacionais. No entanto, na virada de século, a busca por novos postulados e paradigmas se faz necessária.
Marcado por duas grandes guerras mundiais, o século XX assistiu à destruição, ao nascimento de novos países e as tentativas (umas frustradas, outras não) de dominação cultural.
Tais processos tiveram como companheira a disseminação cada vez mais intensa de tecnologias que influenciaram na produção e na difusão cultural. Entre essas novas modernidades estava, por exemplo, a televisão. Essas inovações foram capazes não só de influenciar o indivíduo comum – seu consumidor–, como também de fazer o meio acadêmico se atentar para fenômenos sociais dos quais se mostrava distante até então, v. g., a indústria cultural2.
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Graduado em Comunicação