A cidade e os Simbolos
Cap.3
Normalmente, quando estamos prestes as conhecer uma cidade, pesamos realmente em todos os seus aspectos: sua parte nobre, sua parte mais humilde, restaurantes e comércios caros, e também aqueles mais acessíveis... Na chegada a determinada cidades, através destes aspectos, conseguimos claramente distinguir as classes e as diferenças, praticamente de imediato...
No entanto, a cidade Zoé, é relatada no livro como uma cidade praticamente singular.
Onde não existe alta ou baixa sociedade, onde se pode fazer de tudo em toda a parte.
Onde seu teto em forma de pirâmide, abriga desde o mais pobre e humilde, ao mais rico e luxuoso...
Faz-se ter a ideia de que não há uma zona rural e outra urbana. Não há uma separação entre elas... tudo é feito no mesmo lugar... Os pontos não se dividem pois a existência é única.
Não consigo idealizar em minha mente uma cidade assim, onde tudo e todos fazem parte de uma única sociedade. Onde “príncipes e plebeus” dividem o mesmo teto sem diferença em seus aposentos, sem a área serviçal e a sala real...
É quase impossível idealizar algo desse tipo, pois desde o inicio dos tempos sempre houve a diferença entre classes.
E não só por causa das diferenças, mas também pela lógica da arquitetura funcional.
Afinal, como seria possível comer, dormir, despir-se, fabricar ferramentas, reinar ou consultar oráculos em um único lugar? Com uma única forma?
A cidade Zoé, em sua estrutura e funcionalidade, sem dúvida desafia a arquitetura.
Estudos Sociais Aplicados a Arquitetura e Urbanismo