A cidade vista através da janela do automóvel: representações de crianças de uma escola particular em presidente prudente/sp
DE UMA ESCOLA PARTICULAR EM PRESIDENTE PRUDENTE/SP. CORREIA SILVA, Fernanda;
DAL POZZO,Clayton Ferreira. UNESP/FCT
Uma das principais propostas do trabalho, qual seja, por meio da identificação e análise da cidade conhecida, percebidos e/ou experienciados por alunos de uma escola particular, pretendeu-se mostrar uma outra cidade. A cidade que esses alunos não conheciam em ou, no mínimo, estabeleciam pouco contato, sobretudo, devido, não apenas ao distanciamento físico-espacial com relação a essas áreas (a periferia pobre, áreas degradadas ou com infra-estrutura precária e que, muitas vezes, também possuem problemas sociais graves), mas também devido à consolidação de uma “barreira” socioeconômica entre os diferentes segmentos sociais de uma cidade média cuja dinâmica territorial indica qual é o devido lugar de cada um e como cada segmento social deve se comportar e agir no espaço urbano.
Para além de uma segregação socioespacial explicitamente existente (evidenciada, sobretudo, pela desigualdade socioeconômica e infra-estrutural entre os diferentes setores de
Presidente Prudente) demonstrou-se que, juntamente como esse fenômeno espacial, vêm se produzindo indícios, do ponto de vista territorial, de uma fragmentação socioespacial que são produzidos, sobretudo, por meio das práticas socioespaciais diferenciadas a partir de distintos segmentos sociais cujos contatos e relacionamentos (social e cultural, sobretudo) se dão em níveis cada vez mais baixos e, no caso de suas ocorrências, processa-se de maneira cada vez mais controlada. Uns dos aspectos que mais chamou a atenção no período de estágio foram às formas comportamentais dos sujeitos que usam o espaço da escola particular.
Percebeu-se, por meio de alguns comentários, que existia um deslocamento de responsabilidades e percepção do problema referente à indisciplina em sala de aula: a unidade familiar se torna-se a