A Cidade Antiga - O Fogo Sagrado
O fogo sagrado
Resumo
O culto do fogo sagrado era simples tendo como a primeira regra manter-se continuamente sobre o altar alguns carvões acesos para que o fogo não se extinguisse e como consequência o deus morresse. O altar ao fogo era a marca da casa grega ou romana.
Como sacerdote do culto, o chefe da casa, tinha a obrigação de manter o fogo aceso dia e noite pois sabia que a maior das infelicidades era ter o seu fogo extinguido. O fogo só se extinguia quando se extinguisse toda a família; fogo e família para gregos e romanos era uma expressão sinônima. Ao fogo era ofertado tudo o que era agradável a um deus, preces eram oferecida antes e depois da refeições, as primícias dos alimentos lhe eram oferecidas, libações eram feitas, ninguém duvidava de sua presença. A semelhança do deus com o homem era evidente na sua avidez de honra e respeito como também de alimentos e bebidas. Pediam sua proteção, dirigiam-lhe preces para obter os eternos objetos do desejo humano como saúde, riqueza, felicidade. Consideravam-no um deus benfazejo, rico, forte, protetor. O fogo era a providencia da família, um deus tutelar. Mas o fogo não presidia apenas o plano material da vida humana, a ele pediam-se também pureza de coração, temperança e sabedoria - “Torna-nos ricos e prósperos – diz um hino órfico – torna-nos também sábios e castos. O fogo sagrado brilha e aquece mas também tem um pensamento, uma consciência; uma consciência dos deveres e que vela para que sejam cumpridos, tem sentimentos e afetos, ordena o bem e o mal e alimenta a alma. A antiguidade dessas crenças e costumes é facilmente observada pela ocorrência simultânea entre os homens das margens do mediterrâneo e os entre os povos da península indiana. O Rigveda (Livro dos Hinos hindu) contem grande numero de hinos que são dirigidos ao fogo (Agni) e que repetem os clamores dos gregos e romanos ao deus.
Esses povos adoradores do fogo em época remotíssima viveram