A cerpa
A Cerpa está sem dono e sem rumo
Uma das cervejarias mais tradicionais do país, a Cerpa parou no tempo devido a uma bizarra história familiar que deixou a empresa acéfala. Agora, investe para recuperar terreno
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Fábrica da Cerpa, em Belém: com capacidade ociosa, a unidade começou a envasar também cervejas da Ambev em 2010
São Paulo - A cervejaria paraense Cerpa é um caso sui generis. A empresa foi fundada em 1966, quando o imigrante alemão Konrad Karl Seibel chegou a Belém e achou que a água da região era ideal para fabricar cerveja nos trópicos. Deu certo. Foi uma cervejaria regional de sucesso por décadas — sua participação de mercado no Pará chegou a 65% em 2003 e, muito antes do avanço das cervejas artesanais, ganhou certo público no Sudeste entre os consumidores que queriam fugir das Brahmas e Antarcticas da vida.
Mas, na década seguinte, a cervejaria paraense entrou numa bizarra espiral de problemas que lhe custaram caro. Hoje, sua participação no Pará não passa de 12%. Poderia ser apenas uma história de empresa que errou a