A Caverna E A Verdade
Apresentar a gênese da Filosofia e sua importância histórica na transformação da consciência humana.
A Filosofia é uma realidade enquanto meio de existência e fenômeno histórico. Como meio de existência, ela se presta a buscar a verdade no mundo das aparências e da parcialidade.
Historicamente, a Filosofia surgiu na Grécia e sua primeira manifestação foi o sofismo, palavra cuja matriz sophos é uma expressão que designa sábio.
O sofista era antes de tudo um mestre de retórica, um pensador das questões naturais, morais e políticas.
Ao longo do tempo o sofismo perdeu muito de sua consideração, pois seus membros passaram a se ocupar mais dos aspectos práticos e financeiros de sua função do que do pensar crítico, ocorrendo que o termo tornou-se pejorativo, indicando falácia, má-fé e raciocínio distorcido (ARANHA, 2006).
Com Sócrates (469 – 399 a.C.), a Filosofia toma sua configuração mais exemplar, ligando-se definitivamente ao universo intelectual e à busca das transformações do mundo a partir de si mesmo.
Sócrates desenvolve alguns métodos de pensar filosófico, dentre eles a ironia (perguntar fingindo ignorar a resposta) e a maiêutica (parto). A ironia consistia em desconstruir o senso comum e os preconceitos por meio de perguntas simples, que aprofundavam o tema até que as verdades ocultas surgissem.
Já a maiêutica estimulava a reflexão até que novas ideias, calcadas na verdade, viessem à luz.
Sócrates nunca escreveu nada de próprio punho, entretanto, conhecemos muito de seu pensamento por meio de seus discípulos, sobretudo Platão.
Platão (428 – 347 a.C.) é considerado o principal discípulo de Sócrates.
A partir do contato com o mestre desenvolveu a Filosofia idealista, cuja teoria do conhecimento considerava que as ideias eram plenamente reais, ao contrário da materialidade do mundo. (ARANHA, 2006)
Para ele o Mundo das Ideias era o espaço da perfeição absoluta, a instância em que a essência é imutável, ao contrário deste Mundo de Sombras
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