a casa
Introdução
A cidade pode ser definida como a capacidade de o Homem se organizar no espaço, formando um espaço artificial no qual habita, criando condições para se desenvolver e criar cultura.
Este espaço, como criação humana, é por natureza colectivo pois é produto de uma comunidade organizada. Nesse sentido, organiza-se e reestrutura-se de diferentes maneiras de acordo com as diferentes estruturas do relacionamento humano, de maneira a corresponder às expectativas e necessidades da sociedade, constituindo- se desse modo o seu processo evolutivo no espaço e no tempo que define a sua identidade. Assim, cada espaço surgido numa época histórica é fruto dos diferentes contextos social, político, económico e cultural, e de uma diferente inspiração organizadora.
A partir do desenvolvimento da revolução industrial a condição humana, as suas relações com os outros e, obviamente, com o espaço, sofreram uma drástica mudança, acompanhada de uma velocidade do devir cada vez mais acelerada. Esta modificação reflete-se obviamente na forma da cidade, pois toda a atividade humana, fenómeno intrínseco e gerador da existência da cidade em si, sofreu mudanças na sua concepção. Existem, assim, novas relações que devem ser atendidas, novos modos que interferem e por vezes chocam com as estruturas urbanas que respondiam a problemas que hoje já não o são ou o são de maneira diferente, não por terem cessado a sua existência, mas sim porque são diferentes na sua formulação e na evidência das suas premissas.
Assim sendo, a cidade sofre uma expansão e uma transformação da sua organização espacial sem precedentes. A uma nova estrutura humana corresponde uma nova estrutura espacial, que corresponderá a uma nova compreensão e organização das cidades em que habitamos.
O tema deste estudo é uma reflexão sobre o impacto que a nova estrutura espacial terá na cidade antiga e a forma como ela se adaptará a esta nova