a casa da esquina
O que parece não ter importância - como a recepção "carinhosa" (e realmente era) do mesmo em casa, na hora do almoço com a expressão "já vai, ranço!!" passa a ter um significado muito maior com o passar das páginas pois confronta com a triste despedida lenta de seu pai nesse mundo tão rico, cheio de lirismo e imaginário da personagem.
A obra não se trata somente de infância, não! É muito mais que isso, fala da morte implícita de forma, quase que,inocente (exatamente na visão de uma criança feliz).
Ainda, o autor abarca sobre primeiro amor, conquista, ícones musicais da "era das fitas k-7" nas - famosas - festas de garagem...tudo nesse livro foca DESCOBERTA.
Primeiras observações, primeiro amor, primeira dor, primeiro abandono e, no recheio dessas "primeirezes" está a vida colorida e com toda força nas entrelinhas de "A Casa da Esquina".
Lendo, lembrei de muita coisa da minha vida também, é inevitável, não há como não se envolver com as mini-histórias que, ao todo, são todas peças de um quebra-cabeças que ainda não está pronto, cabe a cada um de nós completá-lo ao seu modo.
Ao final do livro, fica aquela tristeza de quem não queria que a história se interrompesse ali, é como se toda sua infância estivesse viva e conservada nessa obra espetacular. Como sempre digo, - quando realmente gosto de um livro - "altamente recomendável a leitura desse livro".
A história de Duca Leindecker é bem escrita, surpreendente no final e suas descrições são impecáveis. No entanto, o livro não tem um contexto específico, é sem coerência e suas duas únicas tramas são construídas fracamente para seus finais.Mas,