A cana de açúcar e a produção do território
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS GEOGRÁFICAS
GEOGRAFIA AGRÁRIA
Professor: Dr. Claudio Ubiratan
Aluna: Tainná Vieira de Lima
5° período / Geografia - Bach
Resenha: A cana de açúcar e a produção do território
Para fazer um estudo minucioso da produção e industrialização da cana-de-açúcar no Nordeste, o autor do texto, Manuel Correia de Andrade, divide este processo em períodos. Os tradicionais engenhos Banguês foram construídos nas proximidades do litoral, pois eles visavam ao atendimento do mercado externo. A proximidade do litoral facilitava o escoamento da produção por via marítima. A produção no interior atendia basicamente a demanda local, ali foram construídas as engenhocas. Por sua tradicionalidade e menor desenvolvimento tecnológico os Banguês e engenhos correspondem ao período industrial manufatureiro, as usinas e destilarias por sua vez, correspondem ao período industrial capitalista.
O processo usineiro compreende a quatro períodos. O primeiro iniciou-se devido a subsídios dados pelo governo imperial, com a criação dos engenhos centrais, enquanto o segundo período teve seu inicio com a racionalização da intervenção do Estado na economia canavieira e também com a criação do Instituto do Açúcar e Álcool (IAA). A política do IAA de contingenciamento da produção desmoronou em função da pressão dos produtores paulistas no mercado nacional, esta etapa caracterizou o segundo período. No quarto período do processo usineiro a intervenção do Estado na produção canavieira, procurou dinamizar e modernizar a concentração da produção do açúcar e expandir a produção do álcool, com vista a reformular a política energética no Brasil. Fica evidente a evolução que este setor econômico sofreu ao longo das décadas, a substituição do Banguês e mais tarde dos engenhos centrais por usinas e destilarias, cada vez mais modernas, reflete a capitalização e emprego de tecnologias avançadas que este setor vem