a base do serviço social
Bartlett propõe uma interpretação completamente diferente do conceito de funcionamento social do Serviço Social tradicional (centrado no funcionamento/comportamento de indivíduos e grupos com o seu meio imediato). Esta proposta que incide no intercâmbio pessoa e meio é, por isso, mais abrangente porque olha macroscopicamente em comparação com o Serviço Social clássico.
Segundo o autor, o assistente social deverá intervir no sentido de influenciar o equilíbrio da relação entre a actividade de confronto das pessoas e exigências do meio. Torna-se necessário compreender não apenas as suas actividades, mas também as suas interligações.
O conceito de funcionamento social surgiu na prática do Serviço Social e foi sofrendo progressivas alterações. No início do Serviço Social foram desenvolvidas duas orientações no Serviço Social de caso para ajudar as pessoas com as quais trabalhavam, sendo que ambas enfatizavam a dignidade e o valor do ser humano como base para a ação. É desse relacionamento entre o cliente e o assistente social que nascem uma série de conceitos que enfatizam a autodeterminação, os sentimentos e os objectivos do cliente. Para além disso, o assistente social deve atender a todos os factores relevantes da situação e interessar-se mais amplamente com o bem-estar da pessoas que sofrem das mesmas dificuldades e que estão envolvidas no ambiente próximo, interagindo com o indivíduo que está a ser ajudado. A orientação da profissão significa "a posição e a perspectiva do assistente social em relação à pessoa e aos fenómenos sociais em sua prática", no sentido em que o profissional se coloca no lugar do cliente (o quê e como observa); a empatia (a relação de confiança que se estabelece entre o técnico e o cliente) deverá ser fomentada pelo assistente social.
O autor enaltece que a prática tem de ser cientificamente fundamentada e tecnicamente realizada, dado que só assim é que a profissão não é ultrapassada.
Bartlett propõe o