A banda Zumbi do mato e a Teoria dos desvio de Becker
Disciplina: Manifestações artísticas, música e pensamento social.
VP2
Professor: Gabriel Neiva
Aluno: Ricardo Martins Batista
Palestrante: Lois Lancaster (Vocalista da banda Zumbi do mato).
Lois Lancaster foi vocalista da banda Zumbi do Mato, um grupo de rock experimental do Rio de Janeiro. Em um modelo de bate-papo descontraído, como não poderia ser diferente quando associado com a banda, Lancaster falou sobre sua experiência e causos, que permeiam todo o cenário underground carioca da década de noventa e parte da década seguinte.
Quem acompanha a trajetória da banda, ou mesmo quem escuta um trecho de qualquer música do Zumbi do Mato (isso mesmo, QUALQUER), pode facilmente notar como a transgressão é parte emblemática em sua música, desde arranjo, letra, postura, forma de tocar, tudo. São canções tidas como excêntricas, com pérolas de humor crítico nonsense. No repertório, incluem musicas longas (algumas com 20 minutos), gravações de telefone, voz variante de uma faixa pra outra, sintetizadores, imitações toscas, artigos soltos de jornal, entre muitas outras coisas. Tudo isso em um ritmo meio rock-sambeado-jazzista-folclórico-parnasiano-erudito-ruidoso. Isso mesmo, não faz sentido algum, ou talvez não à primeira vista, ou à segunda ou vigésima, o que nos leva a pensar sobre a necessidade que temos de dar sentido às coisas. Se nos círculos tradicionais eruditos alguns ficam envergonhados de dizer que “o rei está nu”, este rei em Zumbi do mato dança peladão, fazendo helicóptero, chafurdante, rindo de si mesmo e de tudo ao redor, como somente o humor mais duro consegue fazer. Ao contrário do que Freud dizia a respeito do humor como reconhecimento do que é familiar ao sujeito, a banda faz humor através do estranhamento, de onde saem frases emblemáticas como “a mestruação é um problema hidráulico”, “existem dez imbecis no mundo e eu sou todos eles”, ou “segura na mão de Steve e vai” (Lancaster critica abertamente o