A ATUAÇÃO PEDAGÓGICA INCLUSIVA DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO BÁSICA
1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 4
3 CONCLUSÃO 5
REFERÊNCIAS 6
1 INTRODUÇÃO Francisco Lima nasceu cego. Prestou vestibular para a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, a PUC, e passou. Na época, a legislação garantia gratuidade no ensino para pessoas com deficiência. O direito lhe foi negado e ele recorreu à Justiça. Francisco não conseguiu a bolsa, mas abraçou uma causa que, a partir daquele momento, já não era mais pessoal. Doutor em Psicologia, hoje é coordenador de Estudos Inclusivos da Universidade Federal de Pernambuco e referência no estudo e na luta por uma educação inclusiva. Nesta entrevista, ele fala sobre o comportamento das escolas públicas e privadas de Pernambuco em relação ao ensino das crianças com necessidades especiais. Sobre os prejuízos, inclusive psíquicos, para as famílias que veem seus direitos e os direitos de seus filhos deficientes negados. E sobre a importância da informação e dos aparatos legais na construção de uma educação inclusiva. “O conceito de inclusão não chegou a Pernambuco”
Há quanto tempo o senhor trabalha com a inclusão de pessoas com deficiência?
Enquanto cidadão, tenho estudado isso a vida toda, porque eu também sou pessoa com deficiência. Em 1984, a PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) recusou a oferta de uma bolsa de estudos para mim. A concessão dessa bolsa significava atendimento à emenda 14 da Constituição anterior, que dizia que o ensino deveria ser gratuito para pessoas com deficiência. Entrei com uma ação contra a PUC. Então, meu primeiro ato mais forte nesse sentido foi de advocacia. Na época, a PUC falou: “Eu dou a bolsa, mas você tira a ação”. Eu falei: “Não, não se trata só do indivíduo Francisco, mas das pessoas com deficiência. Preferi não pegar a bolsa e seguir com a ação. O juiz disse que não havia comprovação de que eu era cego. Na época, quando a