A atuação do Serviço Social junto a pacientes terminais: breves considerações (fichamento)
Introdução
“[...]em geral as pessoas evitam falar sobre o assunto ou, quando o fazem, colocam a morte como algo ainda muito distante delas próprias. Este cenário muda quando surge algum tipo de doença mais prolongada e com poucas perspectivas de cura. Nesses casos, tanto a pessoa doente quanto seus familiares enfrentam diversas dificuldades, as quais incluem desde situações de medo, ansiedade, dúvidas, até longos e dolorosos processos de tratamentos. Diferentes profissionais podem atuar no sentido de amenizar estas e outras dificuldades que possam surgir, entre os quais estão o médico, o enfermeiro e o assistente social.” (página 153)
“Considerando que a prática do assistente social nesta seara ainda é pouco explorada, o objetivo central aqui é desenvolver algumas reflexões sobre as possibilidades e limites da atuação deste profissional junto a pacientes terminais. [...]” (página 153)
“[...] De acordo com Ariès (1981), na Idade Média, por exemplo, a morte era encarada como algo simples e, por esta razão, era aceita como sendo justa, natural e destino de todo ser vivo. No período que antecedia, era importante que o moribundo estivesse rodeado pelos amigos e pela família, incluindo as crianças. Quando pressentia que havia chegado a sua hora, o moribundo pedia perdão para aqueles que o rodeavam e, assim, considerava-se preparado para morrer. [...]” (páginas 153 e 154)
“[...] séculos XVI a XVIII o fenômeno da morte é marcado por uma nova característica. Segundo Ariès (1981), nesse tempo o homem começou a pensar na morte do outro. Essa mudança [...] acontece, de acordo com o autor, em virtude das transformações que ocorrem na concepção de família, a qual passa a ser muito mais fundada no afeto. [...] a morte passa a ser vista como uma violação que arranca o outro do convívio familiar de forma abrupta e repentina.” (página 154)
“Durante o século XIX a morte é vista como uma