A atuação do grupo politico dos Bulhões
Império, através da estruturação dos partidos políticos, o que lhes proporcionou uma base de sustentação até a Primeira República. Dominou toda a conjuntura política, no mais longo período oligárquico que Goiás conheceu, de 1878 a 1912, com breves interrupções
A luta do clã bulhônico, pela modernização de Goiás foi um dos principais estratagemas político que lhes garantiram o poder. Esse poder sustentava-se sob os pilares da dominação pessoal que transforma aquele que sofre numa criatura domesticada: proteção e benevolência lhe são concedidas em troca de fidelidade e serviços reflexos.
O poder político exercido pelos Bulhões Jardim é arvorado no fenômeno denominado
Coronelismo, o poder do coronel se expressa na capacidade de “prestação de favor”, algo que poderia ser efetuado não somente pelos grandes proprietários rurais, mas também, por indivíduos enriquecidos em atividades comerciais ou mesmo por aqueles dotados de carisma e capacidade de persuasão.
Devido ao seu prestígio e sua astúcia política, o clã bulhônico conseguiu cooptar um contingente significativo do eleitorado goiano, já que José Leopoldo de Bulhões Jardim foi o primeiro presidente eleito em Goiás por sufrágio universal. Todavia, ele renunciou ao cargo de presidente da Província de Goiás para assumir um cargo no âmbito federal.
Na década de 1880, após a morte prematura de seus irmãos, Leopoldo de Bulhões assume a liderança do clã. A vitória dos ideais políticos defendidos pelo Partido Republicano o levou a uma trajetória ascensional, amparando-se em ligações familiares e intergrupais (promovendo acordos com os Fleury Curado, Caiado, Xavier de Almeida, etc.) que permitiram a montagem de uma estrutura de poder oligárquico fortemente respaldada pelo setor pecuarista goiano e centrada na sua capital, poder este que somente se arrefeceu no final dos anos 1910.
Já que era precário os fundos públicos do