A aspiração a cosmópolis: de alexandre a constantino
1. A ERA HELENÍSTICA
A perda de prestígio dos deuses do Olimpo beneficiou o rei, que para os atenienses era uma realidade, pois poderiam vê-lo, enquanto outros deuses – esculpidos em madeira ou pedra – significavam uma ausência.
O culto dinástico, entretanto, não satisfazia plenamente as aspirações em relação à “união com a divindade no êxtase e no amor”, à salvação supraterrena e ao Deus único. Essa insatisfação poe ter sido responsável por uma revolução enre os gregos, que atingiu não só as pessoas do povo, mas também a classe culta e os “espíritos exigentes”.
O estoicismo domina a era helenística. É uma grande filosofia (recorrida pelos homens cultos) e, em essência, uma religião. Assim como o epicurismo, o estoicismo pretende responder à interrogação do Sábio: por que viver e como viver? Uma “revolução ética” encontra-se no meio dessas questões. O viver espiritualmente e a dependência do meio político. Epicuro e Zenon se expressam em relação a essa revolução. Para ambos, a filosofia é a arte que facilita o bom uso das coisas e a busca para alcançar a felicidade. Porém, divergiam quanto aos caminhos para alcançá-lo.
Para Epicuro, a busca do prazer é a meta natural dos homens e dos animais (assim como a dor é evitada naturalmente) e estava ligada a uma série de exercícios intelectuais adequados. O Sábio distingue-se por sua calma espiritual, obtida com a repulsa da agitação. Para ele, o uso da razão é a forma para se alcançar a felicidade. Os deuses exitem, mas não da forma como o não-sábio as imaginava; o universo não sofre interferênca dos deuses.
Epicuro acredita que o justo é o útil. Não aquele que tem como propósito prejudica o outro, mas o que é útil as relações sociais. Essa visãoutilitária significa que a sociedade política representa uma “garantia de segurança mútua” que desperta o medo ao castigo. Essa garantia justifica a sociedade política. Mesmo assim, a escola de