A arte na visão de oscar wilde
Um dos pontos cruciais é o de quando o autor diz ser o capitalismo uma fonte produtora de arte, assim como qualquer outro sistema. Mas, em tal afirmação, o que me chamou a atenção foi a enfatização autoral de que a arte-capitalista não é Individualista, oriunda do Individualismo que o socialismo galvaniza, o que gerará daí a arte que agrada o ego da pessoa que a criou. Não! No capitalismo a arte tem que se adequar às aspirações do povo, pois a opinião pública é o que interessa, a opinião pública é que é o carro-chefe da boa ou má qualidade artística, não interessando a obra, qualitativamente falando, mas tão-somente se é de agrado ou não do público, se se adequa ou não ao nível artístico popular, pois sem gosto popular não há venda e sem venda não há capitalismo e renda, o que precisamos para subsistir. E notem que não é um público especializado, mas o populacho de fato.
O autor inclusive chega a citar autores, principalmente escritores românticos, que no início escreviam livros para satisfação própria, mas como tais livros não eram vendidos, tampouco procurados e não reconhecidos pela opinião pública, o autor começava a escrever romances que agradasse ao povo, visando principalmente o lucro e assim fugindo de sua Individualidade devido à busca incessante de agradar o gosto escasso do vulgo. Isso é o que Oscar Wilde recrimina no capitalismo e usa como respaldo benéfico para o socialismo, defendendo a questão do homem que busca sua Individualidade e não a grosseria do gosto