A ARTE ISLA MICA
O Islão apresenta uma vida tão simples, prática e completa que, ao longo dos séculos, nunca perdeu a sua atração nem abandonou os princípios fundamentais que o criaram: a existência de um único dogma - um só Deus, Alá, e o seu Profeta, Maomé - e uma única obrigação: a submissão à vontade omnipotente de Alá. Perante Deus, todos os homens são iguais. Implantado no seio das tribos beduínas nómadas da Arábia, sem tradição de construções de caráter monumental, a arquitetura islâmica desenvolveu-se a partir dos seus padrões de vida, quer religiosa quer quotidiana. Da mesrna forma, a plástica islâmica reflete o caráter abstrato e imaterial da doutrina religiosa.
Contributo cultural islâmico O Mundo atual recebeu do Islão grandes contributos, incluindo aqueles que os Muçulmanos colheram numas civilizações e transmitiram a outras. Dentro do Império Islâmico, a língua árabe e a religião Muçulmana unificaram povos muito diferentes. A Civilização Muçulmana foi o resultado da reunião de civilizações tão ricas como a grega, a bizantina ou a indiana. Reuniu os conhecimentos literários e científicos através da multiplicação de centros de saber, universidades e bibliotecas, e introduziu muitos destes conhecimentos na Europa, através da Península Ibérica. Para além de serem grandes intermediários culturais, os Muçulmanos foram ainda grandes investigadores, deixando-nos importantes legados nos campos da Medicina, da Astronomia e da Matemática. Fizeram magníficas criações artísticas, nomeadamente no campo da Arquitetura.
Maomé foi o fundador de uma nova religião – o Islão ou lslamismo, que proclamava a existência de um único Deus: Alá. Maomé, de acordo com o Islão, era o último profeta de Deus, no seguimento de Abraão, de Moisés ou de Cristo, e a revelação da palavra divina encontrava-se no livro sagrado do Corão. O Império Muçulmano no século VIII vai ser ainda maior, geograficamente, do que o Império Romano