A Arquitetura Do Ferro De Finais Do S Culo XVIII Ao In Cio Do S Culo XX
Material muito empregado em construções, o ferro é um elemento que tem por objetivo equilibrar as forças horizontais das edificações e seu uso em maior escala só deu-se com a Revolução Industrial que permitiu avanços qualitativos e quantitativos em sua produção, diminuindo seu custo, que associado ao o uso da força hidráulica para acionar os foles de ventilação permitiu a fabricação de peças maiores e mais pesadas impulsionando o desenvolvimento arquitetônico da época, uma vez que o ferro passou a ser usado na concepção estrutural dos edifícios. Sendo ele fundido, começou a ser obtido no século VI A.C. na China e no século III A.C. fabricam-se o aço.
Na parte estrutural das edificações o ferro passa a ser o material mais importante dando reforço e proporcionando sua estabilidade. As catedrais góticas são um bom exemplo, onde nas mesmas passaram a serem utilizadas peças metálicas. Junto ao ferro podiam ser agregados outros materiais, tais como, vidro, a madeira e o tijolo.
O avanço na indústria de ferro gerou efeitos positivos na economia, no processo urbanístico, e mudanças na Europa como: a evolução do comercio, o desenvolvimento dos meios de transporte, o aumento da população, em especial o urbano, surgindo assim uma nova abordagem tipológica. O programa arquitetônico e distribuição dos espaços deu origem aos manuais de sistematização das construções que tinham que administrar o desenvolvimento e as consequências geradas pela Revolução Industrial, bem como o surgimento da arquitetura moderna que buscava soluções urbanísticas para o crescimento populacional e consolidação do estilo e linguagem própria para a época que vivia em contradições de tipologia construtiva. O programa arquitetônico, a estética e a comodidade, bem como programas de organização do meio urbano, tais como, praças; jardins; mercado; hospitais; estações ferroviárias; etc. também foram consequências da Revolução Industrial.