A Apneia Obstrutiva Do Sono Foi Inicialmente Descrita Em 1965 Por Gastaut E Tassinari
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA
INICIAÇÃO CIENTIFICA I
DANIEL SILVEIRA OLIVEIRA
ANÁLISE DA CORRELAÇÃO DA SÍNDROME DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO VERSUS ÍNDECE DE MASSA CORPORAL (IMC)
A apneia obstrutiva do sono foi inicialmente descrita em 1965 por Gastaut e Tassinari, ocupando, na atualidade, relevante destaque, devido às implicações clínicas que ocasiona, além dos transtornos psicológicos e sociais e elevação no risco de doenças cardiovasculares (RANIERI, 2009).
Conforme Smith et al. (1985), vários fatores anatômicos e funcionais predispõem à síndrome da apneia/hipopneia do sono (SAHOS), estando entre as causas mais comuns as síndromes dismórficas craniofaciais, doenças de depósito e entidades clínicas que evoluem com macroglossia, hipotonia dos músculos da faringe, afecções das vias respiratórias, como rinofaringites, sinusites, rinites, asma, obesidade, dentre outras.
A Síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS), se constitui em um risco para doença cardiovascular, estando entre as principais complicações associadas a hipertensão, arritmia cardíaca, insuficiência cardíaca e doença coronariana, não sendo possível precisar a etiologia dessas complicações, embora haja evidências sobre o aumento da pós carga pela maior ativação simpática, a ocorrência de alterações mecânicas e hemodinâmicas durante os episódios de apneia como o desvio do septo interventricular para a esquerda e a redução do débito cardíaco, que podem acarretar anormalidades precoces na função sistólica e diastólica de indivíduos com síndrome da apneia obstrutiva do sono (YOUNG et al., 1993).
Segundo Butkov (1996), existem dois tipos de apneia do sono: a obstrutiva e a central. A apneia central do sono (ACS) é caracterizada pela perda de todo o esforço respiratório durante o sono e geralmente leva a quedas na saturação de oxigênio no sangue. Com a apneia central do sono, a via aérea não é