A Aliança Liberal e a Revolução de 1930 - Resumo

A Aliança Liberal e a Revolução de 1930

Após certa estabilidade do governo de Washington Luís depois dos confrontos do início da década de 20, para as próximas eleições de 1929 esperava-se a indicação de um candidato mineiro, no entanto, o então presidente decidiu indicar um paulista como seu sucessor, Júlio Prestes, e graças a isso, o acordo entre os dois Estados dominantes na política da época estava rompido.
Graças a isso, as disputas já existentes num passado próximo ressurgiram, e com o apoio de Minas Gerais, o candidato Getúlio Vargas foi lançado à candidatura naquele mesmo ano, contando com o apoio de uma coligação formada principalmente entre Minas, Rio Grande do Sul (onde até então era governador) e Paraíba. Esta coligação, unida a alguns grupos de outros Estados em oposição ao governo e militares descontentes, formou a Aliança Liberal.
A recém formada aliança era baseada no liberalismo e defendia uma reformulação política, por meio da criação da justiça eleitoral, do voto secreto, além da anistia aos participantes das revoltas dos anos 1920 e leis trabalhistas.
Um fator agravante para a disputa eleitoral foi a crise econômica que se estendeu após a queda da bolsa de Nova York em 1929, que atingiu não só o setor industrial, mas também as atividades agrícolas cafeeiras, principal fonte de renda externa do Brasil. Assim, a tentativa de estabilização pelas políticas de defesa do café foram arruinadas. (p. 404)
Após as eleições e com a vitória de Júlio Prestes, membros oligárquicos da Aliança Liberal procuraram uma aproximação dos envolvidos no movimento tenentista, que mesmo derrotados, ainda possuíam “experiência militar e prestígio”. No entanto, Luís Carlos Prestes -principal líder deste movimento- se opôs a esta união, afirmando que as propostas apresentadas somente atenderiam as necessidades das oligarquias e eram apenas um disfarce para obter ajuda do proletariado. Porém, outros membros tenentistas se opuseram destacando as divergências entre