A afetividade na relação professor-aluno
Desde os tempos mais remotos é discutida e observada a participação do professor em relação ao comportamento e desenvolvimento da aprendizagem do aluno. Debatida ao longo de muitos anos das mais variadas formas, nos mais diversos âmbitos da sociedade, entre eles a educação, permanece o imutável dilema entre razão x emoção. Esta dualidade historicamente estabelecida preocupa-se em explicar a relação que é estabelecida entre afetividade e o intelecto. A afetividade é uma condição indispensável de relacionamento do homem com o mundo, as relações humanas ainda que complexas são elementos fundamentais na concretização comportamental de um indivíduo. Desta forma, ao efetuarmos uma análise dos relacionamentos entre professor/aluno devemos nos atentar aos itens que fazem essa relação uma relação tão significativa na construção do ser humano como ser social-afetivo. Tassoni (2002) demonstra tal situação a partir de Vygotsky ao destacar a importância das interações sociais para o processo de aprendizagem do aluno. Segundo ela, este autor traz a idéia da mediação e da internalização como aspectos fundamentais para a aprendizagem, defendendo que a construção do conhecimento ocorre a partir de um intenso processo de interação entre as pessoas. Desta maneira ela destaca que é a partir da inserção na cultura que a criança, através da interação social com as pessoas que a rodeiam, vai se desenvolvendo e apropriando-se das práticas culturalmente estabelecidas. Nesse sentido, torna-se importante evidenciar a importância do outro não só no processo de construção do conhecimento, mas também de constituição do próprio sujeito e de suas formas de agir. Desta maneira, o processo de aprendizagem só acontece por intermédio das relações sociais que as fundamentam. Relacionado a isso, considera-se também que existe uma base afetiva permeando essas interações. A primeira relação vincular afetiva que a criança estabelece é no âmbito