A acusação de capitu
Ao terminarmos de ler Dom Casmurro, nos deparamos com duas linhas de pensamentos, as quais podem chamá-las de: “Capituziana” e “Bentiniana”. A “capituziana”, uma linha de pessoas mais reservadas, defende a fidelidade e o amor que Capitu tinha por Bentinho, alegando que de forma alguma ela havia traído-o. Agora ao depararmos com a linha “bentiniana” podemos encontrar um pouco mais de alvoroço em torno das pessoas que a defendem, mais entusiasmadas acreditam de forma convincente que Capitu traiu Bentinho, essas pessoas atacam, caluniam, agridem, esperneiam e acusam de todos os lados, que a Capitu além de ser dissimulada, era uma esposa adúltera.
É dessa última linha que venho a aderir ao meu pensamento e apontar duas evidências claras que nos levam a acreditar que Capitu traiu Bentinho.
Ao analisarmos o tempo-espaço da narrativa, averiguamos também, que ainda naquela época o adultério era caracterizado como crime, previsto em lei pelo Art. 240 do Código Penal. Vindo a ser revogado nos dias atuais pela Lei n° 11.106, onde o adultério não é mais caracterizado como crime, mas sim como um ato “ilícito civil” (Leis éticas, morais ou humanas), algo que não é visto com bons olhos pela sociedade, tirando assim a sua punibilidade.
Primeiramente temos que esclarecer, de forma convincente, de que Bentinho era infértil.
Dois anos casados e inúmeras tentativas infrutíferas, e Bentinho nunca conseguiu engravidar Capitu. Até aí podemos alegar que não vimos nenhuma traição por parte de Capitu, mas só podemos dizer que foi apenas uma peça pregada pelo destino. Eis então que um dia