Zumbi dos palmares
O maior ícone da resistência negra ao escravismo no Brasil
Vinte de novembro é o Dia Nacional da Consciência Negra. A data - transformada em Dia Nacional da Consciência Negra pelo Movimento Negro Unificado em 1978 - não foi escolhida ao acaso, e sim como homenagem a Zumbi, líder máximo do Quilombo de Palmares e símbolo da resistência negra, assassinado em 20 de novembro de 1695. O Quilombo dos Palmares foi fundado no final do século XVI. Em pouco tempo, a organização dos fundadores fez com que o quilombo se tornasse uma verdadeira cidade. Os negros que escapavam da lida e dos ferros não pensavam duas vezes: o destino era o tal quilombo cheio de palmeiras. Com a chegada de mais e mais pessoas, inclusive índios e brancos foragidos, formaram-se os mocambos, que funcionavam como vilas. O mocambo do macaco, localizado na Serra da Barriga, era a sede administrativa do povo quilombola. A República dos Palmares, como chegou a ser conhecida, iniciou sua formação segundo alguns historiadores em 1597 e durou até 1695, situada numa vasta área da Capitania de Pernambuco, principalmente na comarca de Alagoas, em uma região serrana que atingia até 500 metros de altitude, coberta por florestas e de acesso muito difícil. Na época, chegou-se a atingir no quilombo dos Palmares, uma população com cerca de 30 mil pessoas. Um negro chamado Ganga Zumba foi o primeiro rei do Quilombo dos Palmares. Zumbi (1655-1695), o herói maior da resistência negra contra a escravidão, foi o grande líder do quilombo Palmares. Estudos indicam que nasceu em 1655 no quilombo, sendo descendente de guerreiros angolanos. Quando o Quilombo dos Palmares foi invadido por uma expedição comandada por. Brás da Rocha Cardoso. Muitos habitantes, inclusive crianças, foram degolados. Zumbi, recém-nascido, foi levado pelos invasores e entregue como presente a Antônio Melo, um padre da vila de Recife. O menino, batizado pelo padre com o nome de Francisco, foi criado e educado pelo religioso, que lhe