yasmim f sica
Tonturas, sensação de torpor, cansaço, confusão mental, coma e até a morte são alguns dos efeitos que as variações no termômetro provocam no organismo
Homem sofre com a neve e o vento forte em Lawrence, Kansas. Sensação térmica pode chegar a até -60 graus Celsius em algumas cidades do país(AP/VEJA)
Pouco mais de duas semanas após o início do inverno, o ar congelante tem quebrado recordes nos Estados Unidos, com temperaturas perigosamente baixas para a vida humana. A cidade de Nova York registrou o frio mais severo da história na terça-feira, 7 de janeiro: -16 graus Celsius, com sensação térmica de -26 graus Celsius, no Central Park. Um dia antes, algumas cidades no meio-oeste do país alcançaram as menores marcas dos últimos vinte anos. Em Chicago, o termômetro marcou -27 graus Celsius.
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A variação acentuada de temperatura, como a registrada em Nova York, exige atenção. Para quem enfrenta temperaturas tão baixas, mesmo pequenas variações trazem efeitos críticos para o organismo. O corpo treme (são os músculos buscando se movimentar e gerar calor) e os vasos sanguíneos se contraem para evitar que a temperatura normal do organismo, que varia de 36 a 37 graus Celsius, não caia - o que mantém a sensibilidade de extremidades como mãos, pés, nariz e orelhas. Se essas estratégias para reter o calor não funcionarem, o próximo passo é o congelamento e a gangrena. "O corpo lança mão dessa série de mecanismos para manter sua temperatura, necessária para a realização de todas as reações bioquímicas do organismo", diz Paulo Olzon, clínico geral da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Os efeitos do frio intenso variam de acordo com a idade, peso, carga genética e mesmo o hábito de se expor ou não às temperaturas baixas. Os que mais sofrem com as temperaturas extremas são crianças de até 2 anos e idosos acima dos 60 anos,