Yang e shao
Traços de personalidade à luz da Medicina Tradicional Chinesa
Do Tai Yang ao Shao Yin
Em chinês 中醫, zhōngyī xué ou 中藥學, zhōngyaò xué, a Medicina Tradicional Chinesa engloba um conjunto de práticas ancestrais desenvolvidas pelos chineses desde há vários milénios. Sabe-se que a antiga civilização do vale do rio Amarelo, desde o século XIV a. C (embora a unificação da China tenha ocorrido apenas no ano de 221 a. C.), foi pioneira em diversas áreas do saber, e a medicina foi uma delas.
Foram muitos os médicos e as escolas que passaram pelas diversas dinastias da China Imperial, conseguindo cada uma delas um conjunto de importantes inovações e de ensinamentos. Registemos algumas das fases mais importantes.
Em ossos de carapaças de tartarugas, datados de há três mil anos, foram registadas cerca de dez doenças, bem como apontamentos sanitários e medicinais.
No século VIII a. C., durante a dinastia Zhou, o avanço científico era já muito relevante. Existiam métodos para observar a expressão facial, a audição da voz ou a medição dos pulsos para chegar aos batimentos do coração. Já se faziam algumas cirurgias e a acupunctura, um símbolo da medicina chinesa actual, era já uma realidade.
Data da dinastia Qin – inícios do século III a. C. – aquela que é considerada a primeira obra académica medicinal da China. Chama-se «Huangdineijing», ou seja, «Cânone da Medicina Interna do Imperador Amarelo».
Foi apenas a primeira de muitas obras, publicadas nos séculos e dinastias seguintes. É o caso de «Teorias sobre Epidemias de Febres», sobre diagnósticos e tratamentos contra várias epidemias; «Cânone Sobre Complicadas Doenças»; «Sobre diversas doenças e a Febre Tifóide», «Sobre a Patologia de Distintas Doenças», «Código das Fontes Medicinais do Agricultor Divino», relativa a fármacos e medicamentos tradicionais»; «As Fontes Medicinais da dinastia Tang», obra sobre fármacos da autoria do próprio Governo da dinastia Tang.
Uma outra obra, do século IV d. C., é considerada