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Já que não dá para evitar a fofoca, saiba como fazer as conversinhas de corredor trabalharem a seu favor dentro e fora da empresa.
Fabiana Corrêa e Márcia Rocha
Há apenas uma coisa no mundo pior do que falarem mal de você: é não falarem sobre você. O autor dessa frase é o escritor irlandês Oscar Wilde, famoso por sua língua afiada. E ele estava certo. Se isso vale quando você está fora do trabalho, por que não valeria entre as quatro paredes da empresa? Rádio-peão, rádio-corredor, corredor press -- o nome não importa. A fofoca é uma realidade corporativa e existe desde que o mundo do trabalho é o mundo do trabalho. Estudos de longo prazo feitos em diversos países comprovam que as pessoas dedicam de um quinto a dois terços de sua conversa diária à fofoca.
Outro estudo feito nos Estados Unidos revelou que um funcionário típico passa cerca de dois meses por ano dando com a língua nos dentes.Os papos informais na empresa são uma ótima desculpa para descobrir sobre o temperamento do novo chefe, entender quem é quem na diretoria, saber de novas vagas no mercado ou divulgar suas últimas realizações -- tudo assim, como quem não quer nada.
Enfim, fofocar no mundo corporativo não tem a ver, necessariamente, com maledicência. Ao contrário, jogar conversa fora pode ser muito útil para a sua carreira. "Ficar ligado nas informações extra-oficiais é o que eu chamo de inteligência competitiva. Ajuda a entender os movimentos oficiais da empresa, a conhecer melhor as pessoas e a se adaptar à cultura de um lugar", diz Gutemberg de Macedo, da Gutemberg Consultores, de São Paulo, especializada em gestão de carreira. "Eu não usaria o termo fofoca, mas é importante ter fontes no mercado e na empresa.
Todo profissional bem-sucedido tem insiders que o mantém informado", diz Francisco Britto, sócio-diretor da Boyden, empresa de headhunting de São Paulo. Ele mesmo é um grande usuário do disse-me-disse executivo. "Se alguém me diz que um