Xenofobia
Alguns países adotam um discurso claramente xenófobo para instigar na população sentimentos de ódio em relação aos estrangeiros e, com isso, legitimar práticas como perseguições , confinamento em bairros específicos e até mesmo banimentos.
Em Uganda, por exemplo, o presidente Idi Amin expulsou em abril de 1972, os israelenses e, em agosto do mesmo ano, mais de 32 mil asiáticos residentes no país. Tais medidas xenófobas vieram acompanhadas do confisco dos bens materiais dos membros dos grupos expulsos.
Na Europa ocidental, observou-se um crescimento da xenofobia em todos os segmentos da sociedade nas duas ultimas decadas.
Em certos países, partidos políticos tem se aproveitado desse fenômeno para incluir promessas de expulsão dos imigrantes em suas campanhas eleitorais. Na Áustria , por exemplo, o Partido da
Liberdade (FPO), de extrema direita, liderado por Jôrg Haider, conseguiu chegar ao poder após as eleições de novembro de 1999 coligando-se com o conservador Partido Popular e prometendo expulsar os trabalhadores originários da Europa oriental e os imigrantes africanos. Entretanto, o partido da liberdade não cumpriu suas promessas.
Tempos de guerra são propícios para o florescimento da xenofobia. O ataque aeronaval japonês, contra a base norteamericana de Pearl Harbor, no arquipélago do Havaí, em 7 de dezembro de 1941, levou o então presidente Franklin Delano
Roosevelt a determinar a criação de campos de concentração na costa oeste dos Estados Unidos para manter os japoneses sob vigilância. Para a comunidade nipo-americana, esse confinamento significou uma humilhação coletiva que resultou em danos morais