X85, de Sebastião Maia

1000 palavras 4 páginas
X85
Escrito em Agosto de 2013

PRÓLOGO:
O amor é uma coisa muito bela, mas pode trazer consequências, muitas delas duras e severas. A verdade nem sempre se aceita. Às vezes é preciso tempo para a digerir. O prazer de amar alguém é bom, mas a separação custa sempre. Quem diz separação diz desaparecimento. O amor pode fazer-nos felizes eternamente, mas também pode magoar-nos e fazer-nos sofrer para toda a vida. É necessário fazer as escolhas certas.
1.
Sobre as águas geladas da Antártida, navega o maior dos navios à face da terra, o X85, indo à sua normal velocidade. Nisto, bate violentamente num rochedo que se encontra no seu caminho, o que provoca uma grande agitação das águas. Este começa a ser tapado por elas, até que desaparece. Cai no fundo do mar, e ali permanece. Era dia 13 de Janeiro.

2.
O detective da PSP Aquilino Soares soubera da notícia através da rádio, e ficara espantado com o facto de haver um sobrevivente. Como gostava de aventuras, decidiu ir até à Antártida. Chegando lá, após horas de voo, foi até ao local que ouvira na rádio, onde o navio naufragou. Vestiu um fato de mergulho que trouxera, e saltou para a água. Já no fundo do mar, conseguia ver a embarcação. Estava toda desfeita em partes espalhadas pelo fundo do mar. Numa delas, Aquilino encontrou fotografias do navio, assim como dos seus tripulantes. Encontrou também uma placa com os dizeres:
INAUGURADO A 13 DE NOVEMBRO
Continuou a investigar, e encontrou outro papel com o seguinte:
131313131313131313131313131313131313
O detective subiu à superfície, memorizando o que tinha lido.
3.
Após a viagem de regresso, encontrava-se de novo no escritório. Sentado à secretária, resolvia o enigma que encontrara no papel no fundo do mar. Teve uma ideia: separar todos os algarismos dois a dois, até aparecer um igual.
13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13
Bateram à porta. Aquilino foi abrir. Do outro lado, um homem baixo, de meia idade perguntou:
- Posso entrar?
O detective acenou

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