Wilhelm Reich
Dezembro/ 2009
“Em primeiro lugar, parece ser possível descrever a clínica da psicoterapia corporal, tendo como base a teoria freudiana das pulsões. Isto confirmaria a hipótese de que o paradigma pulsional foi o eixo teórico, a partir do qual Reich derivou suas abordagens técnicas inovadoras.” (REGO, Ricardo Amaral. A clínica pulsional de Wilhelm Reich: uma tentativa de atualização. Psicol. USP [online]. 2003, vol.14, n.2 [citado 2009-12-21], pp. 35-59.)
“A noção de inconsciente é central na metapsicologia freudiana. Este teria origem no afastamento de certos elementos psíquicos do campo da consciência, essencialmente por meio do mecanismo do recalque (Freud, 1915/1974a, 1915/1974b). Isso levaria a uma fixação, ou seja, o representante da pulsão permaneceria inalterado no inconsciente. As fixações são o elemento fundamental da psicopatologia freudiana, onde os distúrbios mentais e emocionais são sempre remontados à fixação em algum elemento passado. O tratamento ocorreria pela análise de derivados do material recalcado (os sonhos, os sintomas etc.), no sentido de "conscientizar o que é inconsciente”. (REGO, Ricardo Amaral. A clínica pulsional de Wilhelm Reich: uma tentativa de atualização. Psicol. USP [online]. 2003, vol.14, n.2 [citado 2009-12-21], pp. 35-59.)
A palestrante Juliana Ramos, ao falar sobre Wilhelm Reich, relacionou-o com Sigmund Freud e nos mostrou um paralelo entre ambos, a respeito da teoria da pulsão, tal que para Freud havia a relação entre Pulsão de vida e Pulsão de morte, enquanto que para Reich era somente a pulsão de vida autoregulável. Juliana também nos falou sobre as a três fases de Reich: Psicanalista, Corporalista (vegetoterapeuta) e Orgonoterapeuta.
Reich vê "a couraça psíquica como a soma total de todas as forças de defesa recalcadoras" (1995, p. 289). Segundo ele, esta "couraça funciona sob a forma de atitudes musculares crônicas e fixas." (1995, p. 313). Este é um elemento-chave de sua teoria e técnica, como