Walter benjamin
1. Aura:
• É a absoluta singularidade de um ser (natural ou artístico), o que o torna um exemplar único, num aqui e agora que não se pode repetir.
2. As obras de arte
• A aura é, no caso da obra de arte, sua autenticidade. A obra de arte é aurática, ou seja, autêntica, quando é: “única, una, irrepetível, duradoura e efêmera, nova e participante de uma tradição, capaz de tornar distante o que está perto e estranho o que parecia familiar porque transfigura a realidade.”
As obras de arte mais antigas surgiram para fazer parte de um ritual inicialmente mágico e depois religioso: surgiram a fim de sacralizar e divinizar o mundo – tornando-o distante – e, ao mesmo tempo, presentificar os deuses aos homens – tornando o divino próximo. É essa origem religiosa, quando a arte possuía valor de culto, que transmitiu às obras de arte a qualidade aurática que elas têm, mesmo quando elas deixam de ser parte da religião para se tornarem autônomas e belas-artes, possuindo então valor de exposição. Quando o culto do belo vem para substituir o culto dos deuses, do campo religioso ao estético, a arte conservou a aura. Então, como ela foi perdida nas sociedades contemporâneas?
3. Reprodutibilidade:
O declínio atual da aura provém da preocupação das massas modernas de fazer as coisas ficarem “mais próximas”, superando o caráter único de todos os fatos através da sua reprodutibilidade. Só que não é a reprodução em si que faz a arte perder sua aura, mas sim como a reprodução acontece: é a reprodução técnica, que permite a existência do objeto artístico em série e que, em certos casos, como na fotografia, no disco e no cinema, torna impossível distinguir entre o original e a