VULCÕES
A maioria das explosões vulcânicas são eventos locais, mas o sistema vulcânico da Terra tem produzido mudanças desde o início. Na verdade, uma Terra sem vulcões seria um local bastante solitário.
Desde os primórdios da história do planeta, erupções maciças e frequentes criaram as condições vitais para a existência de vida. As explosões liberaram dióxido de carbono e outros gases que estavam no solo para formar uma atmosfera. A atmosfera retinha calor e permitia a precipitação de chuva. Abastecidas pelo Sol e por dióxido de carbono — o processo de fotossíntese — as plantas floresceram. Os vulcões fertilizaram essas plantas espalhando cinzas, que é rica em nutrientes — fósforo, potássio e magnésio.
Até hoje, as terras vulcânicas ainda são algumas das mais férteis da Terra. Agricultores se arriscam a viver à sombra de um vulcão para produzirem colheitas fartas — o que explica por que áreas vulcânicas podem ser surpreendentemente populosas.
Assim como o Anak Krakatoa, “filho” do Krakatoa, os vulcões estão constantemente produzindo novas terras — novos leitos oceânicos, ilhas e extensões litorâneas. No Havaí, à medida que a lava quente se encontra com a água do mar, ela explode em pedaços minúsculos, criando belas praias de areias negras.
Os vulcões também ajudam a regular o clima global da Terra. Em contraste ao aquecimento global, explosões de grandes proporções, como a do Krakatoa ou do Pinatubo, resfriam o planeta por alguns anos. Elas liberam nuvens altas de cinzas e poeira que circulam na porção superior da atmosfera, bloqueando parte da energia do Sol.
As cinzas podem trazer problemas ao mundo moderno de outras formas. Aviões que atravessam nuvens de cinzas vulcânicas podem sofrer uma pane, pois as turbinas podem ser obstruídas por detritos. Em função disso, alguns voos podem ser cancelados. O vulcão Eyjafjallajokull, na Islândia, localizado sob uma geleira, entrou em erupção no dia 13 de abril de 2010,