Volkswagen
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Em busca de competitividade, produtividade e redução de custos, algumas empresas já estão a agir para modificar a maneira de se relacionarem com os seus funcionários. O modelo tradicional que coloca em lados opostos "patrão e empregados" dá lugar a novos paradigmas em que estão em alta conceitos como parceria e colaboração.
Nessa direcção, a Volkswagen abriu duas frentes de trabalho: a capacitação da mão-de-obra e a troca de informações permanentes com representantes dos empregados. Todos os assuntos são discutidos nesses encontros, e a prática tem contribuído para elevar a credibilidade da empresa junto dos funcionários.
Ao adoptar a negociação directa para tratar de todos os assuntos na área de recursos humanos, a empresa procura o envolvimento dos empregados dentro de um enfoque de gestão participativa. O próprio director de RH da VW coordena as reuniões regulares com os funcionários do quadro que são responsáveis por grupos de pessoas, para que eles actuem como multiplicadores nesse processo de comunicação.
A VW decidiu apostar no fortalecimento do sistema de comunicação com os empregados a partir de 1995, quando houve a dissolução da Autolatina, uma parceria da VW com a Ford. Hoje, os funcionários têm 53 representantes eleitos na fábrica da Via Anchieta em São Bernardo do Campo (SP) e 32 em Taubaté (SP). É com essas lideranças que são discutidos temas como outsourcing, adequação da mão-de-obra e produção adicional, por exemplo.
Com 30 mil empregados, dos quais 450 são executivos e três mil são contratados sem vínculo, a VW utiliza instrumentos variados para a comunicação interna. Com os efectivos, o meio é o correio electrónico; para os não efectivos, são afixados painéis próximos aos postos de trabalho com mensagens em letras grandes e linguagem simples; além disso, há um sistema de rádio interno com transmissão nos refeitórios da empresa. Para dar sugestões ou fazer críticas, os funcionários têm